quinta-feira, 26 de maio de 2011

Hoje conversei com Anna...

Hoje conversei com a Anna,
que coisa estranha,
diferente, parecia coisa de anos,
nem nos conheciamos pessoalmente, nem nos conheciamos...
pra ser sincero.
Mas a Anna era diferente de qualquer Tereza
foi algo assim... que realmente não sei explicar
simplesmente, falou comigo, conversou comigo, me deu atenção...
carente, eu? sou não...
mas a Anna Tereza de desconhecida leitora...
passou a ser algo que não sei lhe dizer...
só sei que queria estar a beira mar, com uma cerveja,
e o seu bom papo.
 
 
Rafael, você é muito lindo!
http://amontanhamagicaa.blogspot.com

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Jornalismo não é bagunça!


Não é novidade para ninguém o fim da obrigatoriedade dos diplomas para o exercício da profissão de jornalista. Eu, quando finalmente me decidi definitivamente pelo curso, escutava diariamente “ Porque você não faz outra coisa, já que para ser jornalista não precisa ser formado? Além disso o piso salarial é tão baixo...”. A minha escolha, entretanto, foi tomada de acordo com valores que pessoas que visam somente o sucesso financeiro, em detrimento de satisfação pessoal não entenderiam. Enfim, estudei que nem uma condenada e passei em uma universidade federal. 
Não costumo reclamar de muita coisa, alias nem deveria, quantas pessoas gostariam de ter acesso ao ensino de qualidade que a UFMA oferece mas não tem como! Acontece que não vou ser hipócrita de dizer que lá é tudo maravilhoso, quando a verdade está bem longe disso.O destino quis que o prédio de Ciências Sociais fosse o mais precário de toda a UFMA. Agüento falta de luz nas salas, agüento falta de professor,  agüento todos os ventiladores quebrados, agüentei barata, agüentei ATÉ MESMO UM MORCEGO voando por cima da minha cabeça na sala, fora as 6 aulas que eu tenho diariamente das 2 às 7, e sabe Deus mais o que eu vou ter que agüentar ao longo desses 4 anos, pra que? Pra ser equiparada com qualquer um que se diz jornalista? 
É claro que o talento para escrita, assim como as demais habilidades exigidas pela profissão, são inatas, mas o curso está aí pra aperfeiçoar essas qualidades, agregar conteúdo, e melhorar ainda mais a capacidade argumentativa, mais uma razão pela qual não é correto que se englobe na classe dos jornalistas os que puramente possuem o talento bruto, sem o polimento que o curso se dispõe a dar. Já me disseram uma vez “ Mas Anna, a profissão de jornalista não oferece perigo de dano à coletividade, o que torna desnecessário o diploma”. Fiquei com vontade de berrar “ Você é ingênuo ou só ignorante mesmo??”, mas como boa lady que sou, calei minha boca e cá estou externando a minha indignação. E todos os casos de mau exercício da profissão? E o caso da escola  Base de São Paulo, onde os donos da instituição tiveram suas vidas arruinadas depois de falsas acusações de pedofilia, por causa da incompetência de um jornalista qualquer que não se deu o trabalho de checar os fatos antes de publicar a notícia? E a imprensa marrom, que responde a milhares de processos por causa de calúnias e difamações? Se isso não é dano à coletividade, desconheço o significado da expressão. 
Convenhamos, compromisso e responsabilidade não é algo que se aprenda em faculdade, a questão aqui não é essa, é uma possível desvalorização de jornalistas graduados.  Se bem que agora, em nossa sociedade, cobrir escândalos de celebridade em revista de fofoca virou jornalismo e pra isso, eu realmente não vejo necessidade de diploma. Não estou dizendo que todo jornalista por formação é incrível até porque existem muitas faculdades que não vendem qualidade de ensino e sim um simples pedaço de papel, mas com toda uma preparação que envolve noções de ética dignidade e tudo mais que fazem parte do curso ainda existem esses casos, imagine se não tivesse!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Sobre o amor...


Acho que deveria existir um dispositivo na garganta das pessoas que explodisse, cada vez que alguem dissesse “eu te amo”, “eu te adoro”, sem amar, sem adorar de fato.Sou genial. Ou então, acabei de dar a mais concreta prova da minha crua insegurança. Li em algum lugar que amor é “doação ilimitada a uma completa ingratidão”. Não sei não. O amor é uma anomalia, uma patologia. Você está numa boa, tratando de viver a sua vida, e de repente esbarra em algo bonito (uma pessoa, um sentimento, um momento) e de uma hora pra outra, enfia na cabeça que, em um mundo cheio de gente, só existe Fulano. Aí o Fulano te desaponta, e você para pra pensar e descobre que ele não é tudo isso. Ele é arrogante, ele pensa que “mim” conjuga verbo, ele não escuta música boa, mas epa, você sempre soube disso. E porque ainda assim, você o escolheu? Porque ninguém ama pelas qualidades que o outro tem. Se fosse assim os não-fumantes, apreciadores de Chico Buarque, seriam disputados a tapa. Se ama por detalhes, não por referências. Volto a dizer, não concordo com as definições que implicam dor no ato de amar, dor nenhuma é boa de sentir, nem a de cotovelo, tão exaustivamente supracitada nas melancólicas músicas de amor. Amar é se sentir compadecido diante do seu próprio desamparo ao ver quem se gosta passar, não porque o sofrimento é benéfico, mas sim porquê é exatamente nesses momentos que se percebe a fragilidade e a pequenez humana. Amar é não projetar seu ideal de perfeição em cima de ninguém, e aceitar as falhas do outro, e ainda assim, amar. O amor é mesmo tão complexo, que todo esforço meu para achar um conceito melhor, esbarra na minha incapacidade de sintetizar algo tão sublime, ou então acaba em um clichê brega como esse que acabei de descrever.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Sobre mães malucas, crianças precoces e afins.

“Enquanto a maioria das meninas de 7 anos, brinca com os batons da mãe, para a pequena Bree Evans, da mesma idade, beleza é coisa muito séria. A menina, que freqüenta escola primária, recebe a cada dois meses aplicações de botox no rosto e faz preenchimento labial.
E não é só isso. A menina também já teve tatuada a pele sob a sobrancelha. A mãe, Sharon, de 33 anos, faz tudo isso em uma tentativa desesperada de fazer com que a filha seja famosa... É a própria Sharon quem faz a aplicação dos produtos na filha – os médicos, naturalmente, recusaram-se. E também foi ela quem tatuou a criança – depois de ter aprendido a técnica com um ex namorado.

Sharon diz querer que Bree seja tão famosa quanto a cantora Willow Smith, de 10 anos"


A notícia mais absurda que eu li na semana até agora. Não sei nem por onde começar.
Sou a favor de correções estéticas. Os olhos do mundo estão voltados para as aparências, e se essas correções aliviam a ansiedade e melhoram a auto-estima, porque não fazê-las? O problema começa a partir do momento que a insatisfação com a própria imagem é tanta que a pessoa entra num ciclo vicioso de intervenções estéticas, em busca de um ideal de perfeição distorcido e impossível de ser atingido. O resultado? Aberrações (vide Donatella Versace). Essa criancinha vai crescer cheia de complexos, eternamente insatisfeita, nunca se achando bonita o suficiente. Na parte mais perturbadora da entrevista, ela fala que a primeira coisa que faz quando acorda é se olhar no espelho a procura de “novas rugas” que serão removidas numa próxima aplicação de botox... Eu só queria entender o que se passa na cabeça dessa mãe. É obvio que ela tem algum tipo de perturbação mental, deve ser extremamente frustrada e resolveu projetar todas as suas fantasias de felicidade em cima da possibilidade de sucesso através da filha. Ou então ela é só louca mesmo, porque uma mulher que tatua o rosto da filha de 7 anos não é normal. Eu, na minha ignorância de cultura pop, não sabia quem era Willow Smith. Googlei. Descobri uma rapper infatil de 10 anos de idade, filha do Will Smith, que usa moicano e canta que “joga o cabelo para frente e para trás”.  Eu, quando tinha 10 anos, lia os gibis da turma da Mônica, brincava de lego, e escutava Rouge, porque, né, eu só tinha 10 anos! A Willow Smith é só uma criança! E vai continuar sendo, ainda que ela tenha um moicano, use umas roupas muito ridículas exóticas, e saia por aí cantando rap tipo um maluco do gueto. Não tenho nada contra rap, não tenho nada contra malucos do gueto, não tenho nada contra moicanos. Tenho contra crianças precoces, erroneamente instruídos por pais apáticos, que não sabem viver sua fase de CRIANÇA da maneira correta.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

A flor no asfalto


Bom, tudo que poderia dar errado essa semana deu, e olha que hoje só é quarta. Minha vontade era sair do meu corpo por uns tempos, passear por aí, só em espírito. Pra isso, só morrendo, coisa que eu não quero agora. Como eu não sou depressiva nem suicida (tenho um amigo que certamente vai reclamar da melancolia desse post, faço o próximo sobre carnaval, cerveja e afins, pra provar que eu sou uma pessoa feliz na maior parte do tempo) tenho mais é que parar de reclamar do meu coração que só sabe boicotar o meu cérebro, e lembrar do que um ex professor de literatura (por sinal, excelente) me disse a respeito de superar adversidades. Resiliência. Para a física, é  a propriedade que alguns materiais tem de acumular energia quando submetidos a uma pressão muito grande sem que ocorra ruptura. Possíveis deformações podem acontecer no objeto, a ponte por exemplo, dilata. O que importa é que o objeto em questão continua firme e forte, não intacto, mas inteiro. Para psicologia, resiliente é a pessoa que ao passar por um problema, por uma situação de estresse, de tristeza, se permite sofrer sim, afinal chorar é sempre bom pra aplacar a dor. Após esse período, porém, esse alguém é devolvido pro mundo muito melhor, muito mais forte, absorvendo cada milímetro de sofrimento da experiência passada não mais como dor, mas como aprendizado. Para mim, resiliente é a florzinha da imagem do post, que como Drummond uma vez já disse “É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio”

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Muito prazer, meu nome é Otário

Nasci no dia 16 de junho de 1993. Creio que foi a principal coisa que me aconteceu (oi, Mário Quintana!). O que se espera desses textos de apresentação são confissões, detalhes e fofocas, não a minha biografia. Então lá vai. Na verdade eu nunca escrevi nada que não fosse uma confissão, eu sou todas as bobagens que escrevo (e as não bobagens também). Eu sou um projeto de jornalista, que criou o blog para acompanhar o amadurecimento literário. Aliás, como eu adoro essa palavra! Amadurecimento. Que implica crescimento, que implica ser mais estável, que implica ser menos volúvel, que implica sofrer menos. Ou não. Não sei ao certo, sou instável, volúvel e impulsiva. Quando eu amadurecer eu faço outro post falando a respeito. Eu tenho alguns amigos, tenho bons livros, tenho um cartão de crédito, tenho sorte, as vezes tenho até juízo, mas quando eu mais preciso eu tenho a minha mãe. E tenho também minha ansiedade que me faz companhia desde sempre. Eu sou toda incerteza. Mas não sou toda medo! Aprendi com o Gessinger que se é o medo que te move você deve ficar parado onde está. E no mais, na falta de algo melhor, nunca me faltou coragem. Eu sou todas as citações de Engenheiros acima. Eu sou também o projeto intelectual do meus primos-irmãos (oi Dudu, oi Bruno!). Sou as músicas que eles me ensinaram a ouvir, filmes que eles assistiram comigo, as leituras que ele me indicaram, era, até mesmo, flamengo, até ter idade pra entender que futebol é um saco. Já fui Forfun, já fui Harry Potter, já fui flamengo, hoje sou só mudança. A única certeza permanente.

P.S: Obrigada a Lucas e Laércio por me ajudarem com o blog, a Arthur por me aconselhar a escrever nas noites de insônia e a Dudu e Bruno, bom, só por existirem na minha vida mesmo.